A morte de Jesus na quarta-feira

“E hão de escarnecê-lo e cuspir nele, e açoitá-lo, e matá-lo; e depois de três dias ressurgirá”.

O elemento tempo na morte de ressurreição de Jesus

A bíblia nos ensina o caminho da salvação (o livramento da pena de morte imposta sobre a raça humana pelo pecado) por meio de Jesus o filho de Deus. Esta verdade constitui o centro das escrituras.

O plano da salvação foi proclamado, uma vez e outra, pelos escritores da bíblia, quando foram dirigidos pela inspiração divina. Tem-se utilizado muitos métodos para enfatizá-lo, faze-lo compreensível e comunicá-lo a nós, tais como: Histórias, Incidentes, Eventos, Parábolas, Exemplos, ilustrações, Alegorias, Símbolos e por ensinamento direto. Estes métodos estão habilmente mesclados para revelar claramente a vontade e o desejo de Deus para o homem.

Um caminho de vida que prepara homens e mulheres para o glorioso e eterno reino do Pai Celestial e de seu filho Jesus Cristo.

Jesus Cristo e o sinal de Jonas

Um dos incidentes interessantes do Antigo Testamento e que está ligado ao tema da salvação, é o que envolve Jonas e o grande peixe. Esta é uma história com uma grande lição: “a lição de obediência”. Porém é mais do que isto. É uma ilustração ou tipo de Cristo, não em sua rejeição de fazer o que Deus ordenou, mas na experiência de permanecer muito tempo dentro do grande peixe que o Senhor preparou.

Certamente, ninguém havia imaginado alguma relação entre a obra e vida de Cristo e a experiência de Jonas, de ser jogado de um barco agitado pela tempestade, ao mar, para ser engolido por “um grande peixe”.

Porém, Jesus Cristo não podia deixar de fazer uso desta história em sua pregação, porque não foi um incidente casual. Deus o planejou, e seria fator de vital importância para elucidar o plano da salvação.

Sem o relato do mencionado incidente existiria grave dúvida sobre a veracidade da salvação para o homem, porque se Jesus, o homem que foi declarado como o centro do plano da redenção, que deu sua vida na cruz do calvário, não fosse realmente o filho de Deus, sem pecado, não poderia haver segurança de salvação para ninguém.

Sem contar com a história de Jonas e seu peixe captor, não haveria uma prova positiva com a qual refutar o protesto de que o Cristo da Bíblia era um impostor; porque ele mesmo disse a alguns incrédulos escribas e fariseus (os quais haviam duvidado de sua verdadeira identidade, embora o haviam visto fazer grandes milagres), que não seria dado outro sinal além do de Jonas, para provar sua afirmação de ser o MESSIAS.

Então alguns dos escribas e dos fariseus, tomando a palavra, disseram: Mestre, queremos ver da tua parte algum sinal.

Mas ele lhes respondeu: Uma geração má e adúltera pede um sinal; e nenhum sinal se lhe dará, senão o do profeta Jonas; pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra”. – Mateus 12:38-40

Assim, parte do plano da salvação está contido nesta história. Se Cristo não permanecesse no túmulo o tempo exato especificado neste relato de Jonas, não seria o verdadeiro Messias.

Portanto, o elemento tempo exato, especificado nos ensinamento das Escrituras, concernentes a crucificação e Ressurreição de Cristo é vital, como o mostraremos.

Ao iniciar uma investigação na Escritura sobre este assunto, assinalamos que Jesus se referiu a história mencionada, como uma coisa que realmente aconteceu.

É importante também notar que o relato feito por Mateus do que especificou, ensina que depois de sua morte, Cristo estaria no túmulo por três dias e três noites, ou seja, um total de exatamente 72 horas.

O mesmo tempo, portanto, que Jonas ficou confinado dentro do grande peixe. Assim, Jonas foi um tipo de Jesus no túmulo terreno.

Uma pergunta difícil de responder

Este ensinamento de Jesus, introduz na mente de milhões de religiosos mal informados uma pergunta difícil de responder.

Como pode este sinal ser verdadeiro de Jesus?

Se Jesus foi crucificado na “Sexta-feira Santa”, posto no túmulojustamente antes do pôr-do-sol deste mesmo dia, e se levantou na manhã de Domingo (como poderia sugerir uma leitura superficial de certas passagens da Bíblia), Ele não esteve no túmulo os três dias e três noites, e assim, não poderia Ter sido o verdadeiro MESSIAS.

No entanto, Cristo especificou claramente (como está registrado em Mateus 12:39,40) que o único sinal que lhes daria para demonstrar que era o MESSIAS, seriam seus três dias e três noites sepultado no coração da terra, ou seja, o mesmo tempo que Jonas esteve dentro do grande peixe.

Seria isto uma contradição ou há um modo de harmonizar este relato de Jesus com a relação dos fatos ocorridos?

Um exame cuidadoso da Escritura revelará que não há incompatibilidade, mas completa harmonia. Achar-se-á um esclarecimento definitivo, o qual mostra que Jesus era verdadeiramente “ o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Além disso, um estudo deste assunto revelará evidência adicional da divina inspiração da Bíblia, e de que Deus é mui exato em tudo o que faz.

Em Jonas 2:1, lemos: “Mas Jeová havia preparado um grande peixe que engoliu Jonas: e Jonas esteve no ventre do peixe por três dias e três noites.”

Isto esclarece que Jonas esteve verdadeiramente dentro ou sepultado no peixe, três dias completos e três noites completas, o que eqüivale á 72 horas. Antes de acontecer isto, Jonas havia entrado num barco para fugir de seu dever, porém o tempo que permaneceu no navio não conta nos três dias e três noites que esteve dentro do peixe.

Para fazer o tipo verdadeiro, nós não podemos contar o tempo que Cristo esteve nas mãos dos judeus e dos romanos. Considere-se somente o tempo que esteve no túmulo, exatamente três dias e três noites

Quando Jesus Cristo foi colocado no túmulo?

Ser-nos-ia de grande ajuda, enquanto continuamos o estudo do elemento tempo na crucificação e ressurreição de Cristo, determinar quando Jesus foi posto no túmulo. Ele foi colocado ali no mesmo dia 2eu foi crucificado; precisamente na tarde deste dia, próximo ao pôr-do-sol.

Com relação a isto, citamos o relato do seu sepultamento como esta registrado em Marcos 15:42:

“ e quando já era tarde (pois era a preparação, isto é, a véspera de Sábado), foi José de Arimateia, membro ilustre do Sinédrio, que também esperava o Reino de Deus, apresentou-se corajosamente a Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.”

O mesmo relato encontra-se em Lucas 23:52-54: “ Este foi Ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Tendo descido envolveu-o num lençol e depositou-o num sepulcro aberto na rocha, no qual ninguém ainda tinha sido sepultado. E era véspera da Páscoa, e estava por raiar o Sábado.”

Estes versos logicamente fixam uma questão: que dia da semana era este chamado Sábado? Que dia era este chamado de “preparação”?

De acordo com o quarto mandamento do decálogo, como se encontra Êxodo 20:8-11, o sétimo dia da semana está designado como Sábado, o qual segue-se chamado até hoje de Sábado.

Portanto, se o Sábado mencionado em Lucas 23:54 era o sétimo dia da semana (de acordo com o 4º mandamento) bem poderia ser determinado que a Sexta-feira (o dia anterior ao Sábado) fosse o dia da preparação, mencionado neste mesmo verso. Assim que, por este raciocínio e relato da Escritura, parece que Cristo foi crucificado e sepultado na Sexta feira, precisamente antes do pôr-do-sol.

Esta é a conclusão comumente aceita e, aparentemente, tem fundamento bíblico. Se esta conclusão é correta, Cristo não cumpriu a profecia que disse, relacionada a Si mesmo. Porque se ressuscitou no Domingo de manhã, como geralmente se crê, Ele esteve no túmulo somente duas noites e um dia: Sexta-feira de noite (uma noite), o dia de Sábado (um dia) e Sábado de noite (duas noites).

Ainda se contássemos o curto período entre o tempo que foi posto no túmulo e o pôr-do-sol como mais um dia, a conta só mudaria para Dois dias e duas noites, ou seja, um dia e uma noite menos que o tempo que Cristo disse que permaneceria no túmulo. E se não esteve ali o tempo completo que ele prometeu, foi um impostor, porque Ele assegurou que este seria o único sinal dado.

Qualquer tentativa de contar alguma parte do dia de Domingo como outro dia completo, no qual Cristo poderia Ter estado no túmulo antes de ressuscitar, teria que ser rejeitada, porque o anjo (de acordo com o relato de João 20:1) disse as mulheres que foram ao túmulo antes da saída do sol, que Cristo já havia ressuscitado e já havia saído. João especifica no seu evangelho que a visita foi feita “… Quando ainda estava escuro.” Portanto, devemos estar seguros de que há algum equívoco com a teoria da crucificação na Sexta-feira e da ressurreição no Domingo pois Cristo é o verdadeiro Messias e sempre disse a verdade.

Assim, é necessário investigar mais profundamente, para encontrarmos uma explicação harmoniosa e real para estes acontecimentos.

Quando Jesus Cristo deixou o túmulo?

Antes de responder a pergunta do subtítulo, faremos outra: Quando Cristo foi colocado no túmulo?

Procederemos desse modo para melhor entendermos e obtermos respostas claras, porque o tempo em que Cristo foi posto no túmulo pode ser determinado considerando-se primeiramente o momento em que Ele rompeu sua sepultura.

A ressurreição de Cristo, levantando-se dos mortos foi um acontecimento maravilhoso. Todos os escritores dos evangelhos testificam o fato da ressurreição, porém, surpreendentemente, nenhum deles menciona o minuto exato em que houve este acontecimento. Não é correto dizer que a Bíblia não nos dá bastante informação sobre o tempo da ressurreição, ou seja, o dia e a parte exata do dia em que ocorreu.

Transcrevamos exatamente o que cada escritor do evangelho nos diz sobre a ressurreição:

MARCOS:

“… no primeiro dia da semana, de manhã cedo, chegaram ao sepulcro quando o sol já havia saído.

Mas olhando, viram revolvida a pedra, a qual era muito grande. Entrando no sepulcro, viram um jovem sentado do lado direito, vestido de uma túnica branca, e ficaram assustadas. Ele disse-lhes: Não está aqui, eis o lugar onde o depositaram. (Mar. 16:2-6)

Nota-se que Marcos não da nenhuma indicação do tempo em que Jesus saiu do túmulo. Somente diz que algumas mulheres fizeram uma visita ao túmulo “ao sair do sol”, unicamente para saber que Cristo não estava ali.

JOÃO:

“E no primeiro dia da semana, foi Maria Madalena ao sepulcro, de manhã, senado ainda escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi Ter com Simão Pedro e com outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram. Partiu então Pedro com outro discípulo e foram ao sepulcro. Corriam ambos juntos, mas o outro discípulo corria mais do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Tendo-se inclinando viu os lençóis postos no chão e o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus, o qual não estava com os lençóis, mas dobrando num lugar a parte. (João 20:1-7)

Que nos ensina esta passagem de Escritura? Deixa claro que João também não revela quando Cristo deixou o túmulo. Se limita a dizer que os que foram ali antes da luz do sol (quando estava ainda escuro) viram tão somente “a pedra retirada” e que Jesus já não estava. Note que esta visita foi feita mais cedo que a relatada por Marcos.

LUCAS:

“E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E acharam a pedra do sepulcro revolvida. E entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões, com vestidos resplandecentes. E estando elas atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Porque procurais o vivente entre os mortos?

Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia”. (Luc.24:1)

Tão pouco Lucas dá algum indício de quando Cristo partiu do sepulcro. Somente confirma o relato dos outros escritores: que cristo já havia saído quando as mulheres chegaram.

Porém devemos observar que não lemos o relato da ressurreição que nos mostra Mateus no seu evangelho.

MATEUS revela o tempo:

“No findar do Sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste alva como a neve. E os guardas tremeram espavoridos, e ficaram como se estivessem mortos. Mas o anjo, dirigindo-se ás mulheres, disse: Não temais; porque eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui: ressuscitou, como havia dito. Vinde ver onde ele jazia”. (Mateus 28:1-6)

Nestes versos encontramos que Mateus acrescenta uma informação muito importante referente ao acontecimento, não encontrando contradição alguma no seu relato. Mateus é o único escritor de Evangelho que assinala o tempo de ressurreição. Ele escreve de uma visita feita ao túmulo antes de começar o primeiro dia da semana: “No findar do Sábado, ao entrar o primeiro dia da semana…” Ele não diz exatamente quanto tempo antes de que o dia seguinte começasse, porém está definido que foi á tarde, na última hora do Sábado semanal.

Isto explica completamente porque Cristo não estava no túmulo quando o visitaram de manhã ou de madrugada, depois do Sábado (ao começar o primeiro dia da semana, hoje chamado Domingo).

As mulheres, no relato de Mateus, estavam ali (nas redondezas pelo menos) no tempo da ressurreição, porque Mateus relata que “houve um grande terremoto: porque o anjo do Senhor, descendo do céu e chegando, havia revolvido a pedra e estava sentado sobre ela…” Elas, no entanto, não viram realmente que Cristo foi levado do túmulo.

Note-se que Mateus detalha o tempo de ressurreição com duas expressões diferentes: “no fim do Sábado” e “quando começava a amanhecer o primeiro dia da semana” ou “ao entrar o primeiro dia”. Estes são sinônimos, já que o Sábado termina no pôr-do-sol. (Leia Lev.23:22)

O significado da palavra “amanhecer”

A palavra amanhecer em Mateus 28:1 merece uma explicação. Embora seja aplicada usualmente como “manhã”, na linguagem bíblica neste caso específico, não indica o tempo de saída do sol, mas o começar de um dia completo de 24 horas. (Solicite nosso estudo: Sábado, espaço sagrado de 24 horas).

Primeiramente, Mateus acaba der dizer que era “No fim do Sábado…”, isto porque, o Sábado termina no pôr-do-sol, portanto, seria impossível neste caso, a palavra “amanhecer”, significar o romper do sol, porque o sol não se levanta senão 12 horas mais tarde. Não poderia ser o fim do Sábado e a manhã de Domingo ao mesmo tempo.

Em segundo lugar, a palavra “amanhecer” foi usada aqui como um verbo e não como um sujeito.

Note-se que as palavras não são: “… no amanhecer” mas “…quando começava a amanhecer…” ou “…ao entrar o primeiro dia…” Como verbo, o dicionário de Webster define a palavra amanhecer: ”começar a aparecer, desenvolver, dar promessa, primeira aparência, princípio…”

Portanto, devemos entender que a ressurreição aconteceu quando o primeiro dia da semana estava perto, iniciando, começando a aparecer, quando o crepúsculo e a grande escuridão deram promessa de um novo dia que iria começar; porém definitivamente ANTES e DEPOIS. A ressurreição foi efetuada no final de um dia e não do princípio do outro.

O termo amanhecer nesta passagem deriva-se da palavra grega “epiphosko”. O “Greek and English Lexicon of the New Testament” de Parkhurst define: Aproximar-se, como o Sábado judeu, que começa na tarde”.para confirmá-lo consulte Levítico 23:32 e Neemias 13:19.

Assim, o verbo está claramente usado. Compare Lucas 23:54 e João 19:31 com Deut.. 21:22-23 e com a mesma visão pode-se compreender o relato de Mateus 28:1. Ou seja, NA TARDE DE SÁBADO, quando os judeus estavam esperando o princípio do primeiro dia (Domingo) da semana.

A palavra “amanhecer” ou “ao entrar” consiste em um forte obstáculo á idéia de uma ressurreição no domingo de manhã, já que Mateus nos diz que sucediam estas coisas enquanto estava amanhecendo ou aproximando-se o primeiro dia da semana e isto nos prova que o primeiro dia da semana não havia chegado. A ressurreição aconteceu na parte final do Sábado.

Neste ponto, seria conveniente notar como outros homens traduziram Mateus 28:1, ou ao menos uma parte do verso.

A seguir consideremos um pouco destas traduções:

Versão revisada e versão americana:”Na tarde de Sábado…”

Almeida – Ver. E Atualizada: “No findar do Sábado…”

Peshito Syriac:” E no encerrar do Sábado…”

Novo testamento da União Americana da Bíblia (Publicada pela Sociedade Publicadora Batista Americana): “Era tarde no Sábado…”

Dena Alfred: “E no fim do Sábado…”

Rotherman: “Na tarde da semana, quando estava a ponto de amanhecer o primeiro dia da semana…”

Georg Ricker Berry (em seu Novo Testamento Grego Interlinear): “Na tarde de Sábado, quando estava escurecendo para o primeiro dia da semana…”

James Moffatt: “No encerramento do Sábado, quando o primeiro dia da semana estava amanhecendo…”

A tradução grega (mais antiga que qualquer outro texto grego conhecido), The Sinaitic Palimpset, confirma as traduções citadas: “Na tarde do Sábado, quando o primeiro dia da semana amanhecia…”

a tradução grega original revela que não há erro na versão do Rei Tiago (Inglês) em Mateus 28:1. O livro de Mateus foi escrito originalmente em grego e o que segue é uma tradução imediata dos Versos 1-7:

“Na tarde de Sábado, quando estava escurecendo para o primeiro dia da semana, vieram Maria Madalena e a outra Maria para ver o sepulcro. E eis que houve um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, vindo, tirou a pedra da porta e estava sentado sobre ela. E sua aparência era como de um relâmpago e seu vestido branco como a neve. E com temor dele, os guardas que cuidavam tremeram e estavam como mortos. Porém o anjo respondendo, disse as mulheres: Não temais, porque sei que procurais Jesus que foi crucificado. Não está aqui, porque ide logo, dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dos mortos”.

Isto fica confirmado que com a “tradução interlinear do Novo Testamento Grego” por George Ricker Berry, Ph.D., Universidade de Chicago e Universidade Colgate, Departamento de Línguas Semíticas.

Assim, a primeira visita, poderíamos estranhar que a ressurreição tivesse ocorrido antes do pôr-do-sol. No entanto, pensando mais detidamente, descobrimos que é exatamente neste momento do dia em que deveria acontecer ( e tinha que ser assim) para que as palavras proféticas de Jesus se cumprissem exatamente.

Até aqui encontramos o tempo aproximado da ressurreição. No fim do Sábado semanal. Porém, quando o comparamos com o tempo em que as presume que Cristo foi posto no túmulo, a investigação que fizermos sobre o elemento tempo em nosso estudo, aprece ainda confusa.

Se Cristo, como se diz, foi colocado no túmulo antes do crepúsculo de Sexta-feira, e ressuscitou antes do crepúsculo de Sábado, Logo esteve no túmulo somente 24 horas, ou seja um dia e uma noite.

Isto não pode ser verdade, porque então não teria sentido nenhum dizer que “o terceiro dia desde que aconteceu…” (Lucas 24:21)

Jesus disse que estaria no túmulo três dias e três noites. Portanto visto que ele ressuscitou no fim do Sábado, temos somente que contar para trás até o tempo que Ele profetizou que estaria ali, para determinar quando foi posto no sepulcro.

Esta conta para trás nos leva precisamente ao crepúsculo de Quarta-feira, o que significa que Jesus foi crucificado neste dia e não na Sexta-feira.

Agora pode-se ver claramente porque trabalhamos tanto com perguntas referente ao tempo em que Cristo saiu do túmulo, para poder dar a resposta a pergunta anterior: quando Jesus Cristo foi posto no túmulo?

Porém… poderia perguntar-se: Como pode isso? Como poderia Cristo ser crucificado na Quarta-feira, quando está claramente o dia da preparação para o Sábado?

João, o Evangelista – nos dá a resposta: “Então os judeus, porque era véspera da Páscoa, pra corpos não fossem retirados da cruz no Sábado, pois era o grande dia de Sábado, rogaram a Pilatos que lhes quebrassem as pernas e fossem retirados” (João 19:31)

Isto mostra que Cristo foi crucificado um dia antes do chamado “grande dia de Sábado”. Estes era o Sábado, sétimo dia da semana? Não, não era. Não podia ser, porque o Sábado semanal designava como descanso nos Dez Mandamentos, nunca se lhe chamou ou referiu como sendo “um grande dia”.

Acrescenta-se ainda que João esclarece que o dia anterior à páscoa é que se chamava “preparação”: “E era a preparação da páscoa, e quase a hora Sexta…” Esta preparação era, portanto, não uma preparação para o Sábado do Senhor, o sétimo dia, mas a preparação da páscoa. (João 196:14)

E importante notar que na Bíblia menciona outros dia como “Sábado” e que estes não correspondem ao sétimo da semana, dos quais nos ocupamos mais adiante.

Alguns argumentam que este “grande dia Sábado” especial ocorreu no mesmo dia do Sábado semanal. Não pode ser este o caso, porque pode se provar simplesmente pêlos registros astronômicos, que a lua cheia aconteceu, no ano da crucificação, na Terça-feira – 13 de Nisã, às 2 da tarde (este dado foi comprovado e corroborado pelo Observatório Naval dos Estados Unidos, e pelo Astronomer Real Britânico).

Agora, é de suam importância recordar que a PASCOA sempre ocorreu no dia seguinte da noite de lua cheia. E o dia seguinte da lua cheia neste ano da crucificação foi precisamente na quarta-feira, 14 de Nizãn. Portanto a Páscoa não pode Ter sido neste ano sábado semanal.

Nisã é o mês judeu que corresponde a parte do mês de março e uma parte do mês de abril do nosso calendário. Os dias da semana são os mesmos nos dois calendários. quarta-feira no judeu é quarta-feira no Gregoriano.

Dois sábados naquela semana

Com uma simples comparação de textos, podemos provar que na semana da morte de Jesus, houveram dois Sábados: O primeiro dia dos asmos, que caia no dia 15 de Nisã e que neste caso, foi na quinta-feira e o Sábado do Senhor, o sétimo da semana. Para melhor entendermos, tomaremos um fato ocorrido neste período, ou seja, a compra de material e o preparo das especiarias, para se ungir o corpo do Senhor. Vejamos quando isto ocorreu, segundo o relato de Lucas 23:54-56:

“E era o dia preparação, e amanhecia o Sábado. E as mulheres, que tinham vindo com ele da Galiléia, seguiram também e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E, voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos, e no Sábado repousaram, conforme o mandamento.”

Por esta passagem fica certo a ordem de acontecimento das coisas:

a) Já estava terminando o dia da preparação, com o por do sol e começando o Sábado. Já não havia mais tempo para comprara e preparar as especiarias para ungir o corpo do Senhor, pois já era Sábado.

b) O verso 54, no entanto, fala que elas, as mulheres, preparam tudo antes do Sábado e que repousaram neste dia, conforme ordenava o mandamento.

Como entender isto? Se já estava iniciando o Sábado, como e quando elas compraram e fizeram os preparativos se o verso final nos prova que elas observaram o Sábado. Difícil, não?

Comparemos agora o mesmo assunto com o descrito em Marcos 16 verso:

“E, passado o Sábado, Maria Madalena e Maria mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo.”

Este texto, parece complicar mais, todavia é aqui que se esclarecem os fatos, pois fala que as mulheres foram comprar as especiarias DEPOIS do Sábado. Lucas, no verso 54 nos disse que este preparo ocorreu antes do Sábado e Marcos disse que foi depois! Como harmonizar as coisas?

A grande esclarecedora verdade é que naquela semana houveram dois Sábados: um cerimonial, ocorrido na Quinta-feira, ou seja, o primeiro dia da grande festa dos asmos e o outro, o sétimo dia da semana, ou o Sábado citado pelo quarto mandamento do decálogo divino. Assim que Jesus morreu no dia 14 de Nisã, uma Quarta-feira, também considerado dia da preparação; foi sepultado no final deste dia, próximo ao pôr do sol, portanto já quase na virada para a Quinta-feira, que por sua vez era o dia dos asmos, um Sábado cerimonial e festivo. Foi depois deste Sábado cerimonial ou Quinta-feira, que as mulheres compraram e prepararam as especiarias, o que harmoniza com Marcos 16:1

Uma vez preparado o material para ungir o corpo do Senhor, o que certamente se aprontou na Sexta-feira, no Sábado do Senhoreias repousaram conforme o preceito da Lei 9 O que prova que os primitivos cristãos eram sabatistas) e no Primeiro dia da Semana foram cedo para fazer a santa unção. Isto harmoniza também Luc.23:54 e 24:1 com Marcos 16:1-2. Portanto dica claro que naquela semana houveram dois sábados,dissipando-se assim quaisquer possíveis dúvidas no assunto.

Outros dias chamados “SÁBADOS”

Observe-se que a Bíblia fala de outros dias que não sendo o sétimo dia da semana, também recebem o nome de “Sábados”. Por exemplo, encontramos um dia diferente chamado Sábado no seguinte versículo:

“… fala aos filhos de Israel e diz-lhes: No sétimo mês, ao primeiro do mês tereis descanso (SÁBADO), uma comemoração ao som de trombetas e uma santa convocação…” (Lev.23:24)

se lermos o versículo 39 encontraremos mencionado outro Sábado: porém aos 15 dias do sétimo mês, quando tiverdes recolhido o fruto da terra, celebrareis a festa do Senhor por sete dias, o primeiro dia será descanso (SÁBADO); descanso (SÁBADO) será o oitavo…”

um texto que em nossas versões esclarece melhor os dias de descanso nas festas fixas, eram chamados Sábados se acha em Lev.23:32, ao dizer que o dia 10 do sétimo mês seria um Sábado para Israel: “ Sábado de descanso vos será…aos nove do mês á tarde, duma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso Sábado.” Se esta era uma data fixa, é óbvio que podia cair em qualquer dia da semana e que seria um Sábado, um Sábado cerimonial.

Poderíamos ainda elucidar este assunto, com uma passagem que menciona um Sábado denominado segundo-primeiro. Que seria isto? Certamente que este Sábado não era o semanal, sétimo dia, mas um Sábado cerimonial. Porque segundo-primeiro? Porque era um Sábado secundário (não o principal, o do Senhor), mas que caia primeiro, na semana, antes do Sábado do Senhor. Ver Lucas 6:1

Assim é evidente e fácil de compreender que estas festas em datas fixas eram celebradas em qualquer dia da semana e que os dias em que não se trabalhavam eram considerados sábados.

Quando verificamos algumas passagens do Antigo Testamento, pertencentes a instituição da Páscoa e da festa dos pães sem fermento que vem em seguida, encontramos porém outro dia chamado Sábado e este é precisamente o SÁBADO ou “grande dia” a que João se referiu no capítulo 19:31, citado anteriormente.

Assim, é indispensável determinar com que significado as Escrituras citadas pode-se ver que o Sábado que veio no dia seguinte ao que Cristo foi crucificado, não foi necessariamente o semanal dia de Sábado, de acordo com o quarto mandamento.

(Neste ano da crucificação foi uma Quinta-feira e biblicamentente chamou-se Sábado ou “o grande dia”).

O Sábado de Páscoa

Cristo foi morto no dia 14 do primeiro mês Hebreu, chamado de Nisã ou Abib ( o mesmo dia no qual o cordeiro da Páscoa era sacrificado sob o antigo Testamento – Leia Êxodo 12:1-6) e isto podia acontecer em qualquer dia da semana.

O dia seguinte á morte do cordeiro da Páscoa, sempre era chamado de “Sábado”. Isto determinamos com os seguintes versículos: “…No primeiro mês, aos quatorze do mês, pela tarde, é a Páscoa de Jeová). E aos quinze deste mês é a festa dos asmos. No primeiro dia tereis a santa convocação: nenhuma obra servil fareis…” (Lev.23:5-7)

Aqui o décimo-quinto dia chama-se Sábado, e era “uma santa convocação”, o qual contrasta com o versículo 24 ”… ao primeiro do mês terei Sábado, uma comemoração ao som de trombetas”. Uma santa convocação significa um descanso.

Era um tempo em que nenhum trabalho servil (ou trabalho de qualquer natureza) deveria ser feito. Isto era um Sábado.

Por isso pode se ver que o dia seguinte da crucificação de Cristo, o qual Lucas chama “o Sábado” (Lucas 23:54), teria por necessidade que corresponder ao dia seguinte da Páscoa, de acordo com Levítico 23, e sendo Sábado, não era sétimo dia – o Sábado semanal.

O dia da crucificação foi chamado de “a preparação” para o Sábado da Páscoa que imediatamente lhe seguia, e não foi necessariamente uma Sexta-feira da semana. Neste ano particularmente, o dia da “preparação” foi Quarta-feira. (Mais tarde o verificaremos).

Jesus morreu ao redor das três horas da tarde deste dia, e justamente antes do crepúsculo deste mesmo dia foi posto no túmulo.

Setenta e duas horas mais tarde (ou três dias e três noites) cumpriram-se antes do crepúsculo do sétimo dia- Sábado semanal, o qual foi o tempo ( de acordo com Mateus 28:1) em que o anjo abriu o túmulo e disse: Não temais vós, porque eu sei que procurais a Jesus, que foi crucificado. Não está aqui porque já ressuscitou, como disse. Venham, vede o lugar onde foi posto o Senhor..”(versos 5,6)

O tempo que Jesus estaria no sepulcro

Agora prosseguiremos nosso estudo considerando versículos relacionados com o tempo do sepultamento de Cristo. Este tempo é referido nos Evangelhos de três modos diferentes, como segue:

1- Jesus “estaria três dias e três noites no coração da terra” (Mat.12:40)

2- Ele “ressuscitou ao terceiro dia” (Mat.16:21 e ver também 17:23 e 20:19 e Lucas 9:22)

3- Jesus havia dito: “depois de três dias me levantarei outra vez” (Mat.27:63 e Marc.8:31)

Sabendo que a Bíblia é divinamente inspirada e sem contradição, deve existir completa harmonia entre estes três períodos de tempo designados, e especialmente entre os termos: “ao terceiro dia” e “depois de três dias”.

E aqui temos: A referência (nestes versículos) sobre o tempo que Cristo estaria no túmulo, de nenhuma maneira se põe em evidência ou contradiz a doutrina da crucificação na Quarta-feira e ressurreição no fim do Sábado (justamente antes do crepúsculo). Os versículos harmonizam com esta verdade de modo maravilhoso e mostram a exatidão da Palavra de Deus.

“Ressuscitado ao terceiro dia”

Como pôde Jesus Ter estado no túmulo três dias e três noites e ressuscitar no terceiro dia?

Esta pergunta é facilmente respondida. Ele foi posto no túmulo numa Quarta-feira (antes do crepúsculo). Vinte e quatro horas mais tarde se cumprem justamente antes do crepúsculo de Quinta-feira, o qual marca o primeiro dia que estava no túmulo. Contando da mesma maneira, Quinta feira foi o segundo dia e o Sábado ( antes do crepúsculo – 72 hrs mais tarde ) foi o terceiro dia.

Dias completos de 24 horas que Ele esteve sepultado, para sair do sepulcro no Sábado semanal justamente antes do crepúsculo.

“Depois de três dias”

Outra vez: Como Jesus poderia Ter ressuscitado ao terceiro dia e ao mesmo tempo deixar o túmulo depois de três dias?

Esta é a resposta: De acordo com Mateus, Cristo deveria estar no túmulo três dias e três noites (72 hrs). Assim cumprindo este período de tempo, diz-se depois, que ELE havia estado ali três dias. Ele não levantou-se antes de que os três dias expirassem. Porém, sobrava um tempo de claridade ainda do dia, depois que passou o tempo especificado e o crepúsculo terminara, para que fizesse sua saída do túmulo e fizesse-a no terceiro dia.

Portanto, achamos perfeita harmonia nas três definições de tempo, tudo em seu exato minuto, como sabemos que Deus faz tudo. Louvado seja o seu nome!

“O terceiro dia desde…”

Há mais uma referência no fator tempo, que está ligada a crucificação e ressurreição de Cristo.

Esta foi feita por um dos homens que iam caminhando para uma vila chamada Emaús, no dia seguinte da ressurreição, enquanto Jesus (não O identificaram logo) juntou-se e andou com eles.

Iam, desconsolados, falando dos acontecimentos recentes que envolviam a morte e ressurreição de Jesus, quando disse: “ E nós esperávamos que fosse Ele que remisse Israel, mas agora, sobre tudo isso, hoje já é o terceiro dia que estas coisas aconteceram…” (Luc.24:21)

Notamos anteriormente que vários versículos está relatado que Jesus ressuscitaria no terceiro dia depois de sua crucificação e sepultamento .

Se este terceiro dia mencionado por um dos discípulos que iam a Emaús era o terceiro dia depois de que Cristo foi posto no túmulo, a conclusã0 seria que a ressurreição ocorreu no primeiro dia da semana.

Isto apresenta uma direta contradição como relatos considerado em outros versículos da Bíblia. Um deles, ao sinal de Jonas, e o outro: o relato feito por Mateus de que Cristo não foi encontrado no túmulo no final do Sábado.

Observaríamos ainda, que este não é um relato contraditório feito por Lucas 24:21, como pode-se ver observando exatamente o que diz no versículo que estamos considerando.

Quando o analisamos podemos ver que não somente NÃO É UMA CONTRADIÇÃO, mas que é impossível que o domingo tenha disso “o terceiro dia desde que..”, “o depois” seguindo o dia da crucificação de Cristo. Por que? Porque se Domingo foi o terceiro dia depois da crucificação, não teria acontecido na Sexta-feira, deveria Ter ocorrido na Quinta-feira, porque se o Domingo era o terceiro dia depois, então seguindo o raciocínio anterior, ou seja, contando para trás – o Sábado seria o segundo dia e a Sexta-feira o primeiro dia depois da crucificação, não o dia do acontecimento.

Seria absurdo e fora de harmonia com o entendimento comum e a dicção gramatical, dizer que o dia em que Cristo foi crucificado era o primeiro dia depois (ou desde) que foi feito. Isto não tem sentido. Certo?

Agora, mostraremos, analisando o que o discípulo disse, que nem complica o assunto, nem faz de modo nenhum contraditório aos relatos de outras partes da Santa Bíblia.

Embora o versículo que citamos seja usado geralmente para fundamentar a crença de que Cristo ressuscitou no Domingo, não o confirma. O discípulo não disse “…hoje é o terceiro dia depois da crucificação e morte de Jesus…” ele disse assim: “…hoje é o terceiro dia que isto aconteceu…” de tal modo que o primeiro é indispensável definir a que se refere: “que isso aconteceu” (Lucas 24:21)

Aparentemente os homens estavam falando de outras coisas além da crucificação e sepultura de Jesus, porque lemos no verso 14: “E iam falando entre si de todas aquelas coisas que tinham acontecido…”

Isso havia incluído tudo o que havia sido feito em relação a morte e sepultamento de Jesus. Algo que foi feito por último, constituiu no selamento da pedra que fechou o túmulo e o estabelecimento da guarda que cuidou o sepulcro com severa vigilância, e conclui-se no dia seguinte de sua morte, que era Quinta-feira ( o selamento e a vigilância), como a leitura dos seguintes versos:

“ E no dia seguinte, que é o dia seguinte depois da preparação, reuniram-se os príncipes e sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos, dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei. Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até o terceiro dia, para que não venham seus discípulos de noite e o furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro.”

E disse-lhes Pilatos: tendes a guarda, ide guardai-o como entenderdes.

E, indo eles asseguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra. (Mat.27:62-66)

Assim, o tempo a contar dos dias posteriores, seria desde o dia em que a última coisa foi feita, relacionada com a crucificação, e esta era a que acabamos de assinalar: o selo do túmulo e o estabelecimento da guarda. Acontecimento ocorrido na quinta feira.

De tal maneira que a Sexta-feira havia sido o Primeiro dia depois; o Sábado o segundo dia depois e o domingo o terceiro dia depois de que “todas estas coisas aconteceram”.

Outras versões esclarecem

Nem todos costumam aceitar as verdades da Bíblia sem alguma resistência. Na verdade, a grande maioria não aceita mesmo, ainda que se lhes prove com muitos argumentos. Assim, decidimos incorporar mais este pensamento, baseado em outras versões que, sem dúvida, serão um reforço a amais no assunto.

Lucas 24:21: “E nós esperávamos que fosse ele o que remissem Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram. (Versão Almeida Revista e Corrigida).

Conforme já explicado, esta passagem, de forma em que foi traduzida e considerando-se os três dias e as três noites, poderiam nos levar a entender que Jesus teria morrido na Quinta-feira, pois ai sexta seria o primeiro dia; Sábado, o segundo e Domingo , o terceiro dia. Todavia, vejamos o mesmo texto em outras versões:

“ São agora três dias desde que estas coisas ocorreram…” (El Nuevo Testamento del Siglo Veinte)

“e eis aqui três dias tem passado desde que todas estas coisas ocorreram…” (Versão Peshitto Siríaca). Obs: esta versão é considerada a mais antiga do mundo, antes mesmo que qualquer texto grego conhecido pelo homem.

“…Hoje (são) três dias desde que todas estas coisas aconteceram (The Curetonian Syriac) outro antigo manuscrito.

Conclusão: Nenhuma destas conceituadíssimas versões, dizem que aquele “Domingo” fosse o terceiro dia, mas que já haviam passado três dias, o que, sem dúvida, muda a situação.

Porque este estudo?

Porque estudamos este assunto com todos os detalhes? Faz realmente alguma diferença o dia em que Cristo foi crucificado e o dia em que Cristo ressuscitou? Não é certo que a coisa mais importante é crer que Jesus morreu por nós e ressuscitou para que tenhamos vida eternamente!

Sim, é verdade o que Ele fez por nós é vital e importante, e, independente dos fatores incluídos, é de maior importância que o fator tempo. Porém, visto que outros fatores estão incluídos, o elemento tempo também é vital.

Além disso, dá grande satisfação saber que cremos e ensinamos a verdade doutrinal, já que é a falta de entendimento sobre este assunto que tem conduzidos a muitos falsos ensinamentos.

A observância do domingo – um falso ensinamento

Nós sustentamos que a observância do domingo como dia de repouso e adoração, tem seu princípio derivado do ensinamento de que Cristo ressuscitou dos mortos num Domingo, o qual deixa esta doutrina sem base, quando vemos que as Escrituras realmente trazem o que diz respeito ao fator tempo de crucificação e ressurreição do Salvador.

Quando perguntamos-lhe porque observam o Domingo como Sábado, a maioria responde: Porque Cristo ressuscitou neste dia.

Esta é a causa que vemos das pessoas mudado o mandamento de Deus, e perdendo Sua Divina benção, por um mal entendido (ou falta de conhecimento da Santa Bíblia sobre o verdadeiro tempo da ressurreição). Por isso achamos necessidade de preparar e publicar este estudo.

O profeta Daniel disse: “…haveria um poder (humano) que mudariam os tempos e a lei…” (Daniel 7:25)

Uma prova disto é que o Domingo substituiu o Sábado como dia de repouso do trabalho e se tornou dia de adoração. Esta mudança foi feita por homens, porque não há mandamento escritural para a mudança. É perigoso adaptar nosso culto á Deus e a Cristo de acordo com a doutrina humana e estabelecer nossa fé de acordo com os ensinamentos dos homens.

Cristo chamou isto de vã adoração. Ele disse: “ Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas e mandamentos de homens…” (Mat.15:9)

Assim, se pudesse se provar que Cristo ressuscitou no domingo (o que não pode ser), isto não constituiria uma base para mudar o mandamento de observar o Sábado como dia de repouso, e estabelecer um novo dia para descanso e oração, porque não há nenhuma insinuação na Bíblia de que o dia no qual Cristo ressuscitou seria consagrado, santo, sagrado ou dia santificado ou ainda um dia usado para culto público ou privado, ou para repouso.

Não há a mínima insinuação escritural de que o dia da ressurreição de Cristo fosse recordado ou celebrado de algum modo especial.

Portanto, o tempo da ressurreição de Cristo não dá nenhuma razão para guardar o Domingo ao invés do Sábado.

A observância da chamada “Sexta-feira Santa”

Outro resultado do falso ensinamento sobre a crucificação e ressurreição de Cristo é a “Sexta-feira Santa”.

Cada ano a maioria das igrejas tem um serviço especial na Sexta-feira anterior a chamada Páscoa Florida (Domingo da ressurreição). Este dia é designado como “Sexta-feira Santa” e é lembrado como o dia da crucificação.

Depois de Ter lido até aqui neste tratado sobre este assunto, e havendo comparado cuidadosamente os relatos feitos com a Bíblia, não é difícil ver que não há fundamento escritural para a observância festiva deste dia.

E verdade que Cristo ensinou que deveríamos recordar sua morte. Para isso Ele mesmo instituiu uma cerimônia que cobrisse este propósito, ao qual Paulo se refere como “A CEIA DO SENHOR” (I Cor. 11:20). E esta é uma noite em que se tomam o pão sem fermento e o suco das uvas símbolos do seu corpo rompido e seu sangue derramado.

Jesus Cristo instituiu este serviço durante a noite em que foi traído ( a mesma noite do dia em que foi crucificado) e não no dia em que ressuscitou.

Portanto, tomar a comunhão no Domingo é também sem justificação Escritural. Parece que os que crêem que Cristo foi crucificado na Sexta-feira deveriam ao menos tomar a comunhão neste dia (porém, tão pouco é assim).

A “Sexta-feira Santa” é outra instituição dos homens. Cristo não foi crucificado na Sexta-feira, como claramente mostramos (mas sim, na Quarta-feira). De qualquer forma, isto não significa que a Quarta-feira é o dia que se deve observar sempre como o dia da sua crucificação.

A data da crucificação é a mesma, porém o dia da semana em que cai é variável, assim como os aniversários da crucificação diferente em cada ano.

Sobre o domingo da Páscoa (ou dia da ressurreição) ?

Visto que mostramos que Cristo não ressuscitou no Domingo, não há razões bíblicas para a observância do Domingo de páscoa, embora pela tradição e um dos dias mais importantes e especiais na maioria das igrejas.

Demonstramos que Cristo ressuscitou no túmulo antes do crepúsculo do Sábado, ou seja, o dia que precede o Domingo.

As cerimônias religiosas do Domingo de páscoa, efetuadas antes da saída do sol, são completamente anti-bíblicas. Não há exemplo, mandato ou ensinamento na Bíblia para a celebração da ressurreição de Cristo e assim já o demonstramos.

Observar a Páscoa como um dia especial, sagrado, religioso e celebrá-lo (entre outras coisas) escondendo ovos ( e suas cascas) coloridas para que as crianças procurem, fazendo as crer que os coelhos os puseram, é muito inconsciente, pra dizer o mínimo.

É engano e um infamante pecado.

Conclusão

Apresentamos a verdade relativa ao fator tempo na crucificação e ressurreição de Cristo, porque pensamos que é importante.

Jesus para provar sua afirmação de ser o MESSIAS, colocou com sinal, o sinal de Jonas (Mat.12:38-40), onde determinantemente Ele expressa que estaria no túmulo “três dias e três noites”. Com o entendimento adquirido, conte você da tarde do dia de Quarta-feira (hora em que Cristo já posto no túmulo) até a tarde de Sábado (hora que Jesus ressuscitou) e terá perfeitamente o cômputo do “sinal de Jonas: Três dias e três noites”.

Que maravilhosa harmonia e completo cumprimento encontramos na Palavra de Deus, quando temos o devido entendimento!

Vocês estão convidados para fazer o que a Bíblia nos diz das pessoas de um lugar chamado Beréia. Elas foram: “mais nobres que os de Tessalônica, pois receberam a palavra com toda solicitude, esquadrinhando todos os dias as Escrituras, SE ESTAS COISAS ERAM ASSIM…” (Atos 17:11).

Investigue a Bíblia, estude-a cuidadosamente, de modo que você esteja pessoalmente convencido de que interpretamos corretamente a Palavra de Deus.

Há uma grande benção em conhecer a verdade. Disse Jesus: “… E conhecereis a verdade e a verdade os libertará…” (João 8:32)

Print Friendly, PDF & Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate »
Rolar para cima