Novas descobertas de manuscritos derrubaram definitivamente as críticas dos Judeus Messiânicos ao Novo Testamento em Grego. Esses novos documentos chegaram para estabelecer a verdade sobre a Palavra de Deus. A descoberta dos rolos do Mar Morto em 1947 praticamente sepultou as discussões sobre a fidedignidade do Antigo Testamento. Mas, nos últimos anos, a onda de críticas à legitimidade do texto do Novo Testamento ressurge pelos falsos ensinamentos dos judeus messiânicos.
O Documento de Oxford
O primeiro documento que derruba de vez a argumentação de judeus messiânicos trata-se de fragmentos de papiro que hoje pertencem ao Magdalen College (Faculdade de Madalena), na Universidade de Oxford, na Inglaterra. São, ao todo, três fragmentos. O maior deles mede 4,1 cm por 1,3 cm. O texto traz trechos do capítulo 26 de Mateus e está registrado na frente e no verso dos três fragmentos. Mesmo sendo muito pequenos, os fragmentos trazem conteúdo suficiente para não deixar dúvidas que se tratam da passagens que narram a visita do Senhor à casa de Simão (Mateus 26: 6-13), e da traição de Judas (Mateus. 26: 14-16).
O anúncio da descoberta foi feito pelo jornal britânico The Times, na sua primeira página, na edição de 24 de Dezembro de 1994: “Um papiro que acredita-se que seja o mais antigo fragmento existente no Novo Testamento foi encontrado na biblioteca de Oxford. Ele fornece a primeira prova material de que o Evangelho segundo Mateus é um relato de testemunha ocular, escrito por contemporâneos de Cristo”. A reportagem apoiava-se no trabalho de um respeitado estudioso alemão, o paleógrafo e papirólogo Carsten Peter Thiede, de 57 anos, que é diretor do Instituto de Pesquisa Epistemológica de Padeborn, Alemanha.
A revista Terra Santa, de Jerusalém, também publicou um artigo sobre a descoberta, intitulado Mateus, testemunha ocular (edição de Setembro/Outubro de 1996). O título é homônimo de um livro de Thiede. No seu livro, ele afirma que as suas pesquisas apontam para a datação dos fragmentos do Evangelho de Mateus como sendo antes dos anos 60 dC, provavelmente 50 dC. Isto é, menos de 30 anos depois da morte de Cristo, quando as suas testemunhas oculares ainda estavam vivas.
O papiro estava na Biblioteca do Magdalen College desde o início dos anos 50, e havia recebido em 1953 uma datação errada, situando-o no fim do segundo século dC. Por isso, não despertava atenção. Porém, os novos estudos de Thiede mostraram que o papiro era de 50 dC.
Observando-os melhor, o especialista constatou que eles possuíam uma escrita que não era de uma data tardia (início do século II, como se presumia anteriormente), mas deveriam ter sido escritos no ano 50 dc. Como se trata de uma cópia do Evangelho de Mateus, isso significa que o original de Mateus era anterior a essa data, portanto escrito enquanto as testemunhas oculares de Cristo ainda eram vivas (pouco mais de dez anos depois da sua ressurreição). E como a cópia em mãos era muito antiga, as testemunhas ainda estariam vivas, quando esta começou a circular, podendo questionar o seu conteúdo caso estivesse equivocado. Então, se os apóstolos, ou alguns deles, estavam vivos, porque não questionaram esta Versão em Grego?
Depois disso e com base em pesquisas semelhantes, outros erros em papiros do Novo Testamento foram encontrados. Estes passaram a receber novas datas. O papiro chamado P46, por exemplo, antes datado de 200 dC, já é admitido como sendo de 85 dC. O papiro P66, de 200 dC, sabe-se hoje que é de 125 dC. O P32, antes tido como de 200 dC, é, na verdade, de 175 dC. O P45, antes visto como do terceiro século ou início do terceiro, é de 150 dC. O P87, identificado antes como sendo do terceiro século, é na verdade de 125 dC. O P90, apontado como do final do segundo século, é de 150 dC.
Apesar dessa descoberta ser importantíssima, 13 anos depois ela ainda é omitida pelos judeus messiânicos nos seus textos de combate à legitimidade dos Evangelhos em Grego. Por isso, eruditos afirmam que muitos dos livros de hoje que se dizem em busca de uma verdade na verdade nos revelam mais sobre a tendenciosa e falsa teologia dos judeus messiânicos do que sobre a Verdade de textos em Grego do Novo Testamento. Os Evangelhos acabam sendo cada vez mais admitidos como legítimos relatos sobre Cristo, e toda a tentativa de desacreditar esse fato nada mais é do que estudiosos preconceituosos em relação ao texto Grego tentando fugir da verdade, não enfrentando os fatos.
O documento 7Q5: Deus fala aos incrédulos.
O 7Q5 foi outro documento importantíssimo que também fez notícia em meados dos anos 90. Por que esse nome? Porque ele foi o quinto fragmento encontrado na caverna 7 do sítio arqueológico de Qumran, onde foram descobertos os Manuscritos do Mar Morto. Há 50 anos, ele foi datado pela paleografia como sendo de 50 dC.
Em 1955, foi descoberta uma gruta em Qumran com características especiais: a caverna 7. Todas as grutas até então encontradas continham material escrito em hebraico e/ou aramaico. Porém, a gruta 7 continha fragmentos e jarros com escrita em grego. No momento dessa descoberta, não se percebeu o seu valor. Na época, o especialista C. H. Roberts, sem saber que um desses fragmentos era um trecho do Evangelho de Marcos, datou alguns desses fragmentos como sendo muito antigos do ano 50 dC. Entre eles, o fragmento 7Q5.
Nos anos 90, José O’Callaghan estava tentando descobrir o livro do Antigo Testamento ou da literatura judaica ao qual o fragmento pertencia, mas não conseguia identificar nenhuma parte dessa literatura. Foi então que, só por curiosidade, verificou se havia aquela sequência de letra do Novo Testamento e, para sua surpresa, descobriu que o fragmento era exata e literalmente o texto de Marcos 6.52-53. O detalhe é que o que está escrito no versículo 52 parece Deus falando aos cépticos de hoje, denunciando a razão pela qual tentam desacreditar a legitimidade dos Evangelhos em Grego.
Impressionado com a descoberta, ele contou ao especialista Ignace de la Potterie, que o aconselhou a fazer testes no computador para que não houvesse dúvidas quanto à identificação. Foi então que, usando o programa Ibycus, que traz na sua memória toda a literatura greco-romana conhecida de todos os textos já descobertos da Antiguidade, descobriu que a única identificação que o programa acusava era a passagem do Evangelho de Marcos. Essa passagem não era nem citada em alguma obra grega conhecida. Não havia dúvida quanto à identificação: era um fragmento de Marcos 6 datado de 50 dC.
Com essa descoberta, está provado que o Evangelho de Marcos, do qual o documento 7Q5 é apenas uma cópia, foi escrito por volta do ano 40 dC, dez anos depois da ressurreição de Cristo.
Outros manuscritos antigos
Atualmente, há mais de 6 mil cópias de manuscritos gregos do Novo Testamento ou de porções neotestamentárias, indo do primeiro ao nono século. A maioria é do terceiro, quarto e quinto séculos. Isso é impressionante, uma vez que nenhuma outra obra da literatura grega pode ostentar uma abundância tão grande de provas. Passam séculos e a Palavra do Senhor permanece a mesma, porque o Senhor da Palavra prometeu: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar”, Lucas 21.33.
E a batalha continua. A grande quantidade de material em grego do MT se dá ao fato de a Igreja gentis ter crescido muito mais do que a igreja Judaica. Mas os próprio país da igreja alegam que alguns textos do MT foram escritos em Hebraico, como o Evangelho de Mateus, e depois traduzido para o grego talvez pelo próprio Matheus. Seria cômico acreditar que os judeus liam em grego, tendo como exemplo Atos 21, onde os judeus continuavam zelosos da Lei e crentes em Yeshua, e quando Yeshua se apresenta para Paulo, fala em língua hebraica. No entanto, como já mencionei, a igreja gentis cresceu muito mais, e a judaica diminuiu, principalmente depois da destruição do templo, e do expurgo final no ano 150, consolidando a igreja gentis. Por tanto e notório a vasta quantidade de textos grego. A questão é que judaizantes e antissemitas continuam a briga até hoje.