A glória que tinha contigo (Jo. 17:5)

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Jesus disse que tinha uma glória junto ao Pai. Este fala prova a divindade ou a preexistência de Jesus? A resposta é: NÃO! Esta afirmação tem sido usada por muitos como prova da divindade ou preexistência do Mestre. O uso dessa afirmação como prova da antiguidade de Jesus só acontece porque tais teólogos desconhecem o sentido da palavra glória. Quem compreende o que ela representa, imediatamente abandona tal argumento. Vamos, neste parte, estudar a etimologia (origem) e a semântica da palavra original grega em questão, ou seja: “doxa” (grego) que é igual a “glória”, sua forma aportuguesada.

“Doxa” é igual “glória”, que equivale a “fama” #

Vejamos nas escrituras hebraicas a origem da palavra “glória”. Ela está liga há muitas palavras hebraicas, mas a que mais vezes tem sido traduzida por glória é: “dwbk” (Kavodh), a qual basicamente tem o sentido de “peso”, o que dá peso. (Veja I Samuel 4.18, onde o adjetivo apresentado é traduzido como pesado, “dbk”). De modo que a glória pode se referir àquilo que faz a pessoa ou a coisa parecer poderosa ou impressionante, tal como a riqueza material, “dwbk”, (Salmos 49:16-17), posição ou reputação, “ydbk”, (Gênesis 45:6). Esta palavra (kavodh) na Septuaginta (LXX), elaborada a partir do ano 285 A.E.C, foi traduzida para o termo: “doxa”. Neste tempo, doxa significava basicamente duas coisas: opinião e reputação. A primeira dessas ideias (opinião) desapareceu totalmente, tanto na Septuaginta, como no Novo Testamento. No Novo Testamento, glória passou a significar apenas reputação. Infelizmente, o leitor comum da Bíblia não sabe disso. Doxa tinha sua própria significação no pensamento grego. Achada em Homero e Heródoto, esta palavra tem fora do grego da Bíblia um sentido básico que reflete sua ligação com “docew-dokéo”, isto é, o que alguém pensa, sua opinião. Este conceito é apresentado em duas formas: a opinião que eu tenho; e a opinião que os outros têm. Mas, como foi dito, o sentido de “opinião” foi abandonado ao longo do tempo e não apareceu nos escrito neotestamentário, o que prevaleceu foi o sentido de “reputação”. Esta é a definição que vemos no Léxico do Novo Testamento Grego/Português de F. Wilbur Gingrich e Frederik W. Danker que conceitua a palavra “dóxa” como brilho, radiância, esplendor de reis, magnificência, fama, prestígio, louvor como uma exaltação da reputação. O Léxico cita estas passagens bíblicas do seu uso neste sentido: Lucas 9.31, Atos 22:11, I Coríntios 15:40. Glória significando majestade atribuída a Deus e a seres celestiais: Atos 7:2, Romanos 1:23, Tiago 2:1, Apocalipse 5:12 e 15:8. Com conotação de poder Romanos 6:4 e reflexo I Coríntios 11:7. Glória é resultado da tradução de palavras hebraicas e gregas que apontam o sentido de reputação, fama, peso, valor. Tais palavras nos faz entender que ter glória é ser conhecido, famoso, prestigiado, reputado. Assim, quando Jesus disse “a glória que tinha contigo”, estava dizendo que Ele era conhecido. Ser conhecido não quer dizer existido. Tudo sobre Jesus foi conhecido “antes da fundação do mundo”, mas o próprio Jesus não existia como um ser. Jesus foi sendo conhecido aos poucos ao longo do tempo. Ele foi plenamente revelado no fim dos séculos. Paulo fala disso como um mistério oculto em Deus, antes dos tempos: “E demonstrar a todos qual seja a comunhão do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo”, (Efésios 3:9). Geralmente, as pessoas comuns ficam famosas a partir de algum feito extraordinário que realizaram ao longo de suas vidas. Jesus ficou famoso (conhecido) por um feito extraordinário que ainda seria realizado. O fato de Jesus ter glória (fama) antes de nascer não é prova de sua preexistência como um ser divino.

A palavra glória como louvor aos homens #

Como claramente visto, “glória” provém de palavras hebraicas e gregas que significam reputação, honra, fama, exaltação etc. Em sua utilização como louvor aos homens, temos algumas passagens bíblicas: “Eu não recebo glória dos homens”, (João 5.41); “Eu não busco a minha glória; há quem a busque, e julgue”, ( João 8:50). Jesus ensinou a seus discípulos a não aceitar ou buscar a glória dos homens, (João 5:44). Os discípulos seguiram o seu exemplo, Paulo disse que não buscava a glória dos homens, (I Tessalonicenses 2:6). Já, os judeus recebiam “honra uns dos outros”, (João 5:44). Essas passagens indicam que homens trocam entre si honra e glória. No mesmo contexto de João 5, a palavra glória e honra são usadas por Jesus neste sentido de reputação pessoal.

O sentido da palavra glória no Antigo Testamento #

No Antigo Testamento encontramos várias manifestações da glória de Deus, onde é entendida como uma evidência de sua onipotência. Nesse sentido, os corpos celestes visíveis declaram a glória dEle, (Salmos, 19:1). No monte Sinai a glória do Senhor se evidenciou por meio de manifestações atemorizantes como fogo devorador, (Êxodo 24.16, 18; 16.10; 40.34-38; Números 14:10-11). Outro exemplo, que tem sentido de reputação, é o texto de Isaías 49:3. Leiamos em várias versões: “E me disse: Tu és meu servo; e Israel aquele… por quem… [através de quem] hei de ser glorificado…”, (Almeida Revista e Corrigida, 63ª, 1986); “Israel, tu és meu servo, em ti serei glorificado”, (Santuário de Aparecida); “Eu serei glorificado em ti”, (Padre Matos Soares); “Em ti… manifestarei… minha glória…”, (Vozes de Petrópolis). Isto indica que a imagem de Deus, ou seja, suas características morais seriam manifestadas ao mundo.

O sentido da palavra glória no Novo Testamento #

Vejamos mais alguns exemplos encontrados no Novo Testamento em que o termo “doxa” aparece com sentido semântico de reputação: honra Lucas 14:10; esplendor Lucas 2:9: esplendor; aquilo que dá honra ao seu marido, senhor, ou Criador (I Coríntios 11:7). Seu emprego principal serve para descrever a revelação do caráter e da presença de Deus na pessoa e na obra de Jesus Cristo. Jesus é o resplendor da “glória divina”, (Hebreus 1:1-3). A glória de Deus refletida em Jesus deve ser vista e refletida na vida da igreja, (II Coríntios 4:3-6). O objetivo da igreja é fazer o que está ao seu alcance para que o mundo reconheça a glória que pertence a Deus (Romanos 15:9), a qual é exibida em seus feitos (Atos 4:21), em seus discípulos (I Coríntios 6:20), e em seu Filho, o Senhor da glória, (Romanos 16:27). Também João 15.8: “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”. Filipenses 1.11: “Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus”.

O sentido da palavra glória na transfiguração de Jesus #

Um bom exemplo do uso da palavra glória no Novo Testamento é o episódio da transfiguração de Jesus no monte. Para muitos, é a sustentação da doutrina sobre “a glória inerente à natureza do Cristo”, mesmo este se encontrando na forma de homem. Diz o texto de Lucas 9:29-32: “E, estando ele orando, transfigurou-se a aparência do seu rosto, e a sua roupa ficou branca e mui resplandecente. E eis que estavam falando com ele dois homens, que eram Moisés e Elias, os quais apareceram com glória, e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém. E Pedro e os que estavam com ele estavam carregados de sono; e, quando despertaram, viram a sua glória e aqueles dois homens que estavam com ele.” Pelo contexto, claramente glória tem o sentido de imagem resplandecente, conforme vimos pelo Léxico Grego de Wilbur, citado anteriormente. Esta glória não deve ser entendida como sendo uma evidencia da “divindade” Jesus. O que aconteceu naquela transfiguração foi algo parecido com o que ocorreu com Moisés, que ficou com o seu rosto tão resplandecente, que foi até mesmo necessário usar um véu para se comunicar com os filhos de Israel. Vejamos Êxodo 34:29: “Quando Moisés desceu do monte Sinai, trazendo nas mãos as duas tábuas do testemunho, sim, quando desceu do monte, Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, por haver falado com ele”. Mas, se a glória de Jesus na transfiguração é prova de sua divindade, a transfiguração de Moisés também é e o tornaria um deus. Sabemos que isso não faz sentido. Em resumo, nós vemos que a glória manifestada na transfiguração de Jesus não caracteriza a sua divindade, mas sim, esta glória era um protótipo daquela que ele iria receber após a sua ressurreição, tanto que aos discípulos ele disse: “A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos mortos”, (Mt 17:9). Nem tampouco dá para comparar com a glória de Deus mencionada em Isaías 42:8 e 48.11. Alguns intérpretes unicistas acham que a glória de Jesus é mesma citada nestas passagens e, por isso, fazem de Jesus e Deus a mesma pessoa. Para tanto, seríamos obrigados a afirmar a consubstancialidade de Elias e Moisés com o Pai, porque eles também apareceram em glória junto com Jesus no monte, (Lucas: 9:31). É notório que isso não passa de um simples jogo de palavras na formulação do argumento. Uma combinação aleatória que poderá desfechar em qualquer resultado. O uso da mesma palavra não unifica contextos. A glória na transfiguração do monte teve o sentido de resplandecente, não de reputação, ou fama. Não se trata da mesma glória que Jesus já tinha antes da fundação do mundo.

O conceito de glória no Evangelho de João e na carta de Pedro #

O Evangelho de João tem por natureza o objetivo de mostrar a glória do Filho do homem. As palavras glória, glorificação e glorificado são muito usadas em todo o seu texto. João apresenta Jesus como Aquele que seria glorificado quando subisse para o Pai. Contudo, mesmo que Jesus ainda não fora plenamente glorificado em sua vida terrena, a glória dEle já existia nos planos do Pai. Tudo o que deveria acontecer com Jesus, já havia sido planejado de antemão por Deus, tanto a morte como a ressureição. Antes de adentrar nos textos de João, leiamos Pedro e pensemos: “Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós”, (I Pedro 1:20).  “Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir”, (I Pedro 1:10,11). Duas coisas importantes podem ser extraídas destes versos: primeira, Cristo é o cordeiro morto e conhecido antes da fundação do mundo; segunda, havia um tempo determinado em que seriam manifestas sua morte e sua glória. Podemos sintetizar o que estes textos expressam da seguinte forma: primeiramente um projeto é concebido, posteriormente a execução do projeto. O projeto foi concebido por Deus, posto no papel pelos profetas, e executado por Jesus. Assim sendo, Deus prometeu um salvador, os profetas falaram dEle e Jesus realizou tudo o que estava escrito nos profetas. Com o pensamento ligado aos profetas, o apóstolo Pedro fala de uma “… glória que se lhes havia de seguir …”, (I Pedro 1:11), qual a diferença em relação à glória que João menciona? Nenhuma! Tanto João como Pedro estão falando de quão excelso e importante seria Jesus após sua morte. A glória que se seguiu é toda a fama. Isto é facilmente notado por tudo o que Jesus representa na história nestes quase dois mil anos que se passaram de sua crucificação. Não há outro homem que tenha uma história tão gloriosa como a de Jesus. Deus O engrandeceu com a glória que já tinha reservado a Ele antes que o mundo fosse criado. Como glória equivale a fama, importância, reputação, podemos depreender que ser “conhecido, ainda antes da fundação do mundo”, significa ser famoso, importante, glorioso no início de tudo. De fato, em Gênesis 3:15 existe a primeira menção a Ele. Mas isto, não significa sua existência literal, apenas a informação de que seria real no futuro. Ele não foi literalmente “morto antes da fundação do mundo”, (Apocalipse 12:8), mas no devido tempo, conforme o plano de Deus. Como sua morte literal seria futura, também sua glória seria vindoura. Voltando a João, ele está dividido em duas partes: primeira, quando Jesus ainda não havia sido glorificado; segunda, o momento da sua glorificação. No capítulo 7 é dito que Ele ainda não fora glorificado: “porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado”, (João 7:39). No capítulo 11,  “… Por ela será glorificado o Filho de Deus”, (João 11:4b). Como assim? Não havia sido glorificado antes do mundo existir? De fato, ainda estava por ser glorificado: “… e o glorificará em breve”, (João 13:32b). “… é chegada a hora; glorifica a teu Filho …”, (João 17:1b). “Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora para o Filho do Homem ser glorificado”, (João 12:23). “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse”, (João 17:5). Entende-se que a glória estava reservada antes da fundação do mundo, mas foi entregue somente depois. É como comprar um presente de aniversário. O presente já pertence à pessoa, mas será entregue somente no dia determinado. Assim, é a glória que Jesus tinha antes da fundação do mundo. Para deixar ainda mais claro o sentido, apliquemos o que estamos falando a algumas passagens bíblicas. Jesus disse: “… glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti”, (João 17:1). Isto pode assim ser lido: Pai, faz seu Filho ser conhecido, para que também o teu Filho te faça ser conhecido. Outro texto: “Eu glorifiquei-te na terra…” (João 17:4).  Daí, podemos ler: Eu te fiz conhecido na terra. “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse”, (João 17:5). Assim podemos ler: E agora me faz conhecido, a seu lado, com aquela fama que já estava contigo antes do mundo existir. “E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um”, (João 17:22). No pensamento trinitariano, isto faria de nós parte de Deus, pois, assim como Jesus recebeu a glória, Ele a deu a nós. Mas, Jesus está dizendo, conforme estamos explicando, que os seus discípulos teriam uma reputação, fama, peso, uma glória divina. Com isso, seriam unidos a Deus e a Jesus em todas as características celestiais. Também: “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo”, (João 17:24). O que de fato vimos de Jesus ao longo de nossas vidas que pode ser considerado como Sua glória? A resposta é o peso, a reputação, a força, a honra, a fama do Seu nome. Ainda: “´Pai, glorifica o teu nome!` Então veio uma voz do céu: ´Eu já o glorifiquei e o glorificarei novamente`”, (João 12:28). Quando sabemos que glória pode ser lida como fama, conhecimento, divulgação da reputação de uma pessoa, podemos assim ler: Pai, faz teu nome conhecido… … já o fiz conhecido e farei conhecido novamente. Enfim, o conceito de glória em Pedro e João, nada mais é do que fazer de Jesus o homem mais importante e mais conhecido da história.

Conclusão #

A glória evocada por Jesus em sua oração, descrita em João 17:5, não indica a sua preexistência, e nem a sua divindade. Ele orava, não para que o Pai lhe restituísse a glória que, porventura, possuísse como um ser preexistente, mas sim, para que o Pai lhe glorificasse (Gr. Doxason) com aquela glória que o Pai lhe havia reservado (Hebreus 12:1-2) antes da fundação do mundo. E em concordância, com isto, a própria Bíblia de Jerusalém (católica) reconhece que o texto de João 17:5 está sujeito a uma variante, daí oferece as seguintes opções de tradução deste texto. Vejamos: “a glória… que existiu… junto de ti…”; ou “a glória… da qual eu existo…”; ou “a glória junto de ti…”. E encerra seu comentário de rodapé, explicando que “a glória… que Jesus possuía, em sua preexistência divina… ou… a glória que o Pai… lhe reserva… desde toda a eternidade”, (página 1408). Como foi demonstrado, o termo glória do hebraico “Kavohdh” e seu correspondente grego “doxa” encerram vários significados. Os mesmos não podem ser evocados para afirmar, por si sós, a divindade de alguém, pois suas aplicações são quase que infinitas. O que ocorre com o termo glória, é basicamente o mesmo em relação aos termos usados para adoração, reverência, honra. Não é porque se aplica o termo glória a Jesus que Ele é imediatamente transformado num deus. Se assim fosse, todas as pessoas que lhes foram atribuídas expressões que denotam este sentido também seriam deuses, principalmente, Moisés e Elias que apareceram com glória. Glória teve vários sentidos secundários. Imagem é um aplicado à mulher como a glória do homem. Sentido de brilho, uma é a glória do sol, outra da lua, assim como Jesus e Moisés tiveram seus rostos resplandecentes (gloriosos). Sentido de poder, Salomão foi um rei glorioso, assim como os céus manifestam a glória (poder) de Deus. E vários outros sentidos podem ser encontrados. Mas, são dois os principais sentidos, reputação e opinião, que foram preservados no Novo Testamento. Por isso, os homens recebem honra (glória) uns dos outros. Jesus recebe honra (glória) somente de Deus. Jesus seria honrado (glorificado) depois de sua morte. Glória aplicada a uma pessoa é igual a honra, fama, e isto indica que ela é conhecida. No caso de Jesus, Ele era conhecido antes de nascer, já tinha sua glória. Assim como Jeremias era conhecido, santificado e dado por profeta ainda no ventre de sua mãe (Jeremias 1:5). Assim como Paulo também estava separado antes do seu nascimento (Gálatas 1:15). Como nós estávamos eleitos desde o princípio do mundo (Efésios 1:4). Não há nada de espetacular na afirmação de Jesus sobre sua glória que o transforme em um ser celestial preexistente. A glória de Jesus em João 17:5 representa o quão honroso, famoso, conhecido seria Ele ao longo do tempo. De fato, foi!

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