Entenda como o Covid-19 está descrito no Apocalipse
E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e houve um grande terremoto, como nunca houve desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto. (Apocalipse 16:18)
Terror combinado com terremoto deu “terrormoto”, um lúdico neologismo para representar este momento único da história do homem. Quando a pandemia já estava atingindo vários países, inclusive com “lockdown” na Itália e Espanha, ainda relutava em aceitar a importância deste fenômeno como uma profecia relacionada ao Apocalipse. Neste momento, não há dúvida de que a Covid-19 está intimamente ligada com suas profecias.
Desde meados da década de 90, tenho aprofundado minhas pesquisas sobre o Apocalipse. Essas pesquisas resultaram num livro intitulado O apocalipse é assim… que você pode conhecê-lo melhor AQUI. Nesta obra, defendi com muita clareza que os eventos históricos relacionados com a conquista espacial, desde a descoberta das ondas de rádio, passando pelos inventos do avião, satélites e internet, resultando numa capacidade inimaginável de transmissão de informações pela grande mídia, era cumprimento da sétima taça do Apocalipse derramada no ar, (Apocalipse 16:17).
Uma das consequências desta taça derramada no ar é que “…houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e houve um grande terremoto, como nunca houve desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto”, (Apocalipse 16:18). Todos os detalhes desta profecia apontam para um fenômeno que tomou grandes proporções nas últimas décadas do Século XX, a globalização. De forma suscinta, a globalização é o termo para conceituar o fenômeno da interdependência mundial das relações humanas. Esta revolução no modo de viver foi patrocinada pela revolução científica. As modificações nas áreas de transporte e comunicação causaram os impactos mais profundos, caracterizando profeticamente o “grande terremoto” do Apocalipse.
Terremoto é a palavra que melhor descreve este momento da história. Já houveram muitos terremotos financeiros, mas agora é um terremoto na área da saúde, ele tem um nome: Covid-19. É um terremoto sistêmico que se espalhou rapidamente pelo mundo graças aos meios de transportes aéreos. Um terremoto com ondas sísmicas de comunicação que causam temor e terror através de impactos constantes das mídias sobre o pensamento e sentimento humanos. Como consequência, o terremoto afetou todas as áreas da atividade material. Fez tremer o mercado financeiro. Agitou a economia mundial, a local. Pôs fim a espetáculos esportivos, aos cultos solenes das igrejas, às brincadeiras de crianças nas praças e parques. Acabou com os bêbados nos bares, com os jovens nas baladas. Tirou os alunos das escolas. Das empresas seus funcionários e os lucros. Era uma vez, os shows e seus públicos. Muitos projetos foram adiados. Muito dinheiro perdido. E, talvez, de tudo o que era, nada mais será como antes. Terremoto é a palavra que o Apocalipse usa para descrever uma mudança definitiva na sociedade. Daqui para frente, seremos outros.
Como o terremoto nos afetou?
Os impactos foram notórios em todos os aspectos da vida humana. A sociedade mundial é altamente interdependente e funciona através da cooperação econômica, financeira, social, política e cultural etc., ela foi altamente afetada pelo fluxo de um inimigo mortal. O coronavírus causou danos a todo o planeta pela contaminação ou pela não contaminação. Os principais alvos foram as pessoas mais velhas, as mais débeis de saúde, e as mais expostas como as equipes de atendimento hospitalar, médicos e enfermeiros.
As aglomerações urbanas formavam os epicentros do terremoto viral e evitá-las era a única solução para frear o fluxo do vírus. Por isso, instantaneamente empresas sofreram abalos ao ponto de serem desconectadas de suas redes econômicas. As igrejas de seus os fiéis e seus cultos. Os estádios de seus atletas e de seus torcedores. Os teatros e cinemas de seus atores e seus públicos.
Uma das mais cruéis consequências do terremoto social para evitar a conexão do vírus com seus corpos hospedeiros foi a segregação dos corpos familiares. De repente, pais foram desconectados dos abraços de seus filhos, avós distanciados de seus netos, cônjuges de seus beijos e carinhos e parentes do aperto de mão. Até mesmo falar um bom dia muito próximo poderia significar o fim da vida. Nessas horas, prevenir, era remediar.
Outra onda sísmica de mudanças aconteceu no campo dos valores e crenças. Num passe de mágica, milhares de pessoas se viram diante de um abismo de preocupações espirituais. As pessoas foram separadas de seus mundos hedônicos para se reconectarem com a vida espiritual mais íntima com alguma espécie de divindade sã. As pessoas ficaram mais disponíveis para si mesmas numa conexão interior. Os períodos de confinamento foram utilizados para atualizar o coração e a alma. Foram férias do trabalho que repuseram temporariamente as energias positivas e permitiram a reconfiguração pessoal, reintroduzindo valores antes esquecidos. Mais Deus, mais família, mais o próximo, mais atenção às coisas pequenas e simples carregadas de significados que aquecem o coração do que a frieza da materialidade econômica.
Os sismógrafos detectaram também ondas de mudanças nas atitudes pessoais. Os evangelistas de um novo mundo já estão por aí, pregando as boas novas pós-pandemia. Segundo eles, um novo mundo vai surgir. Um mundo em que os homens serão mais conscientes de suas atitudes. Porque a simples atividade de misturar carnes de animais silvestres no mercado de Wuhan colapsou todos os sistemas de saúde no mundo. Não ficou pedra sobre pedra. As centenas de milhares de dólares e os esforços de milhares de pessoas envolvidas entre médicos, enfermeiros, auxiliares de atendimento hospitalar, os professores universitários, as dezenas de pesquisas científicas apenas para propiciar um ambiente hospitalar seguro contra infecções, parecem ter sidos jogados fora porque alguém não teve um simples cuidado de higiene. Os homens estão mais conscientes de que todos estão conectados entre si. E que o mundo somente será melhor se cada um pensar em todos.
Há uma lista grande de transformações que podem ser causadas pelo novo coronavírus. Algumas delas já estavam em curso, apenas serão intensificadas. Trabalho “home-office”, aceleração dos sistemas de vendas online, sistemas “delivery”, telemedicina, uso de robôs no atendimento ao público, educação à distância. As pessoas irão procurar mais conhecimentos, morar perto do trabalho, imersões culturais através de realidade virtual e realidade aumentada, novas configurações para bares, restaurantes e lojas e novas formas de consumo e serviços públicos.
Enfim, todos nós sofremos algum tipo de transformação. Aqueles que estão com a saúde avariada correm o risco de morte física, os demais sofrem com medo da morte de seus entes queridos. Este é o lado perverso, conectar as pessoas pela contaminação e depois desconectá-las da vida. Mas a vida de quem fica também será transformada. Parece que um novo hábito deve surgir, estipulando uma nova forma de viver. De fato, uma revolução sem precedentes na história humana foi desencadeada pelas novas tecnologias que surgiram no Século XX. Um terremoto mediado pela revolução da informática, chamada globalização. Agora, um de seus efeitos é sentido com o surgimento do coronavírus, mais uma onda sísmica do terremoto apocalíptico.
Mas, por que aconteceu? Por que tão rápido assim?
A resposta é óbvia e está no tipo de sociedade. Atualmente a sociedade mundial é uma grande rede organizada por fluxos. Infinitas conexões são promovidas por fluxos de todas as ordens e naturezas. Fluxos de capital, informação, pessoas, dinheiro, objetos, alimentos, bens, serviços e, agora, de vírus. Diariamente, milhões de pessoas viajam de um ponto a outro do planeta graças ao moderno sistema de transporte aéreo. O fluxo global de pessoas ganhou velocidade suficiente para que, em poucas horas, uma pessoa possa sair de um mercado chinês na cidade de Wuhan e chegar a qualquer aeroporto na Europa, América, ou África. A intensidade das relações humanas em todos seus aspectos sociais, econômicos, financeiros, culturais, turísticas etc., foi o campo fértil para a disseminação do coronavírus. Enquanto as pessoas fluíam de um lado ao outro do planeta, preocupados com suas agendas pessoais, estavam inconscientemente globalizando o SARS-CoV-2 através do contato com a rede viral.
Este evento singular na história tem relação com a profecia do Apocalipse. A profecia da sétima taça do Apocalipse diz assim: “E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar…”, (Apocalipse 16:17a). Sem dúvida nenhuma, esta profecia retrata este momento da história em que a humanidade é marcada pelos acontecimentos que se dão nos ares. Foi a invenção do avião que acelerou o transporte por todo o globo terreste. As condições para o homem viajar de um lado a outro do mundo em menos de 24 horas foi o canal fundamental para espalhar o vírus em todo o planeta. Em tempos outros, isso levaria meses. Certamente, o vírus não chegaria a todos os lugares e não haveria este tumulto todo.
É impressionante a relação com a profecia. A taça é derramada no ar, o homem inventa o avião, os transportes se tornam mais rápidos, a economia se torna global. Os homens passam a trabalhar em conexão com vários lugares do planeta. Chamamos isso de globalização. Os historiadores identificam a globalização a um terremoto, como podemos ver neste comentário: “… é admissível especular acerca do terremoto que se desencadearia nas suas economias e no mercado mundial se, seguindo o receituário neoliberal,.. (Carnoy, 1993; Cohen, 1993; Reich, 1994; Thurow, 1996; Chesnais, 1996)”.[1] [Nosso grifo]. Por incrível que pareça, a profecia diz que após a taça ser derramada no ar, viria um “grande terremoto”. Sem dúvida, este terremoto profético é o terremoto da globalização. A Covid-19 é apenas uma de suas ondas sísmicas.
Ao tomar como exemplo lógico a globalização que começou pelo comércio, se espalhou pelo mercado financeiro, por toda a economia, para a cultura, também em certo grau pela política, agora está avançando para todos os campos da atividade humana, inclusive a doença é a última onda, podemos esperar que mais ondas globalizantes virão por aí. A Bíblia fala de uma mudança global de alto impacto na forma de vida dos homens que está prestes a surgir. Algumas pessoas já estão esperando esta nova onda.
Existem profecias bíblicas que apontam para esta transformação global. Vamos ver algumas. A Bíblia fala de um rei, chamado Jesus, cujo reino é global, Ele dominará “…de mar a mar, e desde o rio até às extremidades da terra.” (Salmos 72:8) Outra profecia confirma a globalidade de seu reino: “Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão.” (Salmos 2:8) Eventos como este da Covid-19 no bojo da globalização e da incapacidade humana de governar a si mesmos confirmam que este reino universal está próximo, os atuais governantes darão lugar a outro reino: “Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra.” (Daniel 2:35)
Os reis da terra demonstram-se incompetentes para cuidar do planeta. Não sabem conter um pequeno e invisível inimigo. Estes reis estão sendo esmiuçados, desgastados e em breve terão que ceder o controle das nações a um Rei designado por Deus: “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.” (Atos 17:31). “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre,” (Daniel 2:44)
A doença está globalizada, esperamos, agora, uma nova pandemia, desta vez de saúde. Quando a saúde também for global, então: “Não haverá mais nela [terra] criança de poucos dias, nem velho que não cumpra os seus dias; porque o menino morrerá de cem anos; porém o pecador de cem anos será amaldiçoado”. (Isaías 65:20)
Mas, mesmo a morte, também terá um fim. Quem deu certeza a todos foi Deus, não é palavra de homem. Breve Jesus será enviado para dominar entre os seus inimigos. Ele vencerá a todos, não apenas a doença causada pelo SARS-CoV-2, mas a própria morte, como diz a profecia: “Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.” (I Coríntios 15:25,26)
De tudo o que se passa no mundo atualmente, do enorme sofrimento causado ao homem, podemos extrair uma grande esperança. Pois, sabemos que este evento de proporções globais nada mais é do que o cumprimento da agenda divina na épica caminhada para o Seu reino. O relógio da profecia esta batendo com seus ponteiros na hora final. A profecia do Apocalipse 16:17-18 é um forte indicativo deste momento histórico que estamos vivendo. A sétima taça do Apocalipse foi derramada no ar, a conquista do espaço foi um aspecto de seu cumprimento. Os inventos que usam ar patrocinaram a globalização, o “grande terremoto”. O Covid-19 foi apenas mais um abalo sísmico neste terremoto de mudanças sociais. Outros virão por aí. Mas, breve não somente estaremos livres da pandemia como também estaremos num mundo melhor. Porém, precisamos estar preparados para entrar nele. Deus convidou todos, inclusive você.
O mundo não foi criado por Deus para causar terror ao homem, a Bíblia diz: “para fazeres justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de que o homem, que é da terra, não mais inspire terror.” (Salmos 10:18 – Ameida Atualizada)
Conheça mais sobre o reino de Deus aqui:
Fora as indicadas, todas as demais citações bíblicas são da Almeida Corrigida Fiel.
[1][1] Acessado em 16/05/2020. https://www.scielo.br