Concílio de Nicéia: O que realmente aconteceu?

No vídeo do YouTube “Concílio de Niceia: o que realmente aconteceu?”, o palestrante desmascara equívocos comuns sobre o Concílio de Niceia, ocorrido em 325 d.C. Ao contrário da crença popular, o concílio não definiu o Cristianismo como a religião oficial do Império Romano nem inventou a doutrina da Trindade. O palestrante esclarece ainda que o Concílio não determinou quais livros deveriam ser incluídos na Bíblia, pois esse processo já estava em andamento antes e depois do concílio. O foco principal do Concílio de Niceia foi estabelecer uniformidade dentro da fé cristã, particularmente no que diz respeito à natureza de Cristo e ao Seu relacionamento com Deus Pai. A controvérsia, conhecida como Arianismo, estava causando divisão entre os cristãos, e o concílio pretendia definir a ortodoxia nesta questão doutrinária. O concílio resultou na formação do Credo Niceno , que afirmava a divindade e consubstancialidade do Filho com o Pai, e condenava o Arianismo como uma heresia. O orador sublinha que a divindade de Jesus não foi votada no Concílio, mas sim o debate centrado na coeternidade e na consubstancialidade do Pai e do Filho.

  • 00:00:00 Nesta seção do vídeo do YouTube intitulada “Concílio de Niceia: o que realmente aconteceu?”, o palestrante aborda equívocos comuns sobre o Concílio de Niceia, que ocorreu em 325 DC. Um dos primeiros equívocos é que definia o Cristianismo como a religião oficial do Império Romano. No entanto, isto não é exato, pois um edito do imperador Constantino em 313 DC já havia legalizado o cristianismo e encerrado as perseguições religiosas. Outro equívoco é que a doutrina da Trindade foi inventada no Concílio de Niceia. Embora a Trindade fosse um tema central de discussão, a elaboração sofisticada da relação entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo já havia sido explorada por vários escritores cristãos antes do Concílio.
  • 00:05:00 Nesta seção, o palestrante discute o equívoco de que o Concílio de Niceia (325 d.C.) foi o responsável por determinar quais livros deveriam ser incluídos no Bíblia. Segundo o orador, este é um mito amplamente difundido, e a fonte primária deste mito é um texto do século IV, e não um texto antigo. O orador refere ainda o filme “O Código Da Vinci” como tendo contribuído para a popularização deste mito. O orador esclarece que o Concílio de Niceia discutiu vários aspectos do Cristianismo, como a aceitação ou rejeição de certos Evangelhos, a data da Páscoa e a administração dos sacramentos. Contudo, a definição do cânon bíblico, ou a lista de livros autorizados na Bíblia, já estava em andamento antes do Concílio e continuou muito depois dele. O orador explica que o processo de determinação do cânon bíblico envolveu a acumulação gradual de autoridade em torno de certos textos e a sua adoção pelas comunidades cristãs. O orador também menciona que o Concílio de Niceia não produziu nenhuma declaração definitiva sobre o cânon bíblico. Em vez disso, a tarefa de definir o cânon bíblico foi assumida por concílios posteriores, como os Concílios de Cartago em 397 e 419. O orador conclui enfatizando que o Concílio de Niceia não determinou a lista de livros da Bíblia.
  • 00:10:00 Nesta seção, o palestrante discute a formação da Bíblia e sua relação com o Concílio de Niceia. Não se atribui ao Concílio de Niceia a definição do cânon da Bíblia ou a invenção da doutrina da Trindade, como comumente se acredita. Em vez disso, o Concílio concentrou-se em questões de uniformidade dentro da fé cristã, tais como o cálculo da data da Páscoa e o estabelecimento de regulamentos internos da Igreja. O orador explica que o Concílio de Niceia discutiu a questão do cânon da Bíblia, mas não está claro se esta era uma preocupação principal ou se o relato de Jerónimo sobre o acontecimento é exacto. O Concílio estabeleceu que o cálculo da Páscoa deveria ser feito independentemente do calendário judaico e de forma consensual entre as igrejas para garantir a uniformidade na celebração. Além disso, o Concílio estabeleceu regulamentos internos da igreja, ou cânones, para regular a vida do clero. Estes regulamentos incluíam proibições contra o clero que vivesse fora de um determinado local ou com mulheres, exceto as suas esposas ou parentes próximos.
  • 00:15:00 Nesta, o palestrante discute os regulamentos do Concílio de Niceia sobre postura durante a oração em dias específicos e definições secundárias, mas o foco principal foi o controvérsia sobre a natureza de Cristo e Seu relacionamento com Deus Pai. Esta disputa, conhecida como Arianismo, estava causando divisão entre os cristãos e levou ao primeiro concílio ecumênico em Niceia, Turquia, em 325 DC. O concílio teve como objetivo definir a ortodoxia em relação a esta controvérsia doutrinária. O palestrante explica que a polêmica surgiu em Alexandria, no Egito, entre o bispo Alexandre, que acreditava que o Filho era coeterno e consubstancial ao Pai, e Ário, que acreditava que o Filho foi criado do nada e não da mesma substância do Pai. O concílio, com a presença de aproximadamente 1.800 bispos, resultou na formação do Credo Niceno, que afirmava a divindade do Filho e a consubstancialidade com o Pai. O credo também esclareceu que o Pai e o Filho são um só Deus. O concílio condenou o arianismo como uma heresia, e aqueles que aderiram a ele, incluindo o próprio Ário, foram exilados.
  • 00:20:00 Por fim, o palestrante discute o significado do Concílio de Niceia no estabelecimento da consubstancialidade e coeternidade do Pai e do Filho. O Concílio também determinou que o calendário pascal deveria ser calculado independentemente do calendário judaico e estabeleceu certas funções para bispos, presbíteros e outros membros da igreja. Ao contrário de um equívoco comum, a divindade de Jesus não foi votada no Concílio, mas sim o debate centrou-se em saber se a natureza divina de Jesus era eterna e da mesma substância que o Pai. Ninguém presente no Concílio de Niceia acreditava que Jesus fosse apenas um mortal, um simples profeta ou um homem poderoso. O foco principal do Concílio estava na coeternidade e consubstancialidade do Pai e do Filho.
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